terça-feira, maio 05, 2009

O clube do Imperador





O filme conta a história de um colégio interno só para rapazes onde um professor forma “O Clube do Imperador”, para estudar a história da cultura greco-romana.
O mestre tenta moldar a personalidade dos alunos, usando os bons exemplos dos personagens da história. O caráter ilibado do professor entra em choque quando se depara com um arrogante aluno, filho de um Senador sem escrúpulos. O conflito se dá pelo fato de Bell manter um relacionamento com seu pai, em que não havia diálogo nem tão pouco carinho e afetividade, mesmo que o garoto tentasse aproximar-se. Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação em um concurso que se chamava Júlio César, desviando-se de seu caráter reto, para tentar aproximar-se do garoto e passar-lhe seus conceitos. Percebendo que apesar de alguns poucos avanços, não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em conflito interno sobre o que são vitórias e derrotas. Esse conflito se torna mais profundo quando se decepciona, ao perceber que, mesmo entre os mestres da escola a “esperteza” se sobrepõe à retidão de caráter e a honestidade. Quando chega sua chance de galgar o cargo máximo, é preterido como diretor e a escolha recae sobre alguém bem mais jovem que ele e que tinha como principal habilidade conseguir dinheiro para sustentar o colégio. Tudo isso, nos mostra que o ser humano será sempre imperfeito. A falta de caráter e a desonestidade existem em todos os lugares e até mesmo pessoas que sempre seguem esses princípios, podem uma hora ou outra, ter algum deslize. Há necessidade, como seres humanos, de nos renovarmos todos os dias. Ao acordarmos de manhã, necessitamos reafirmar nossos votos de retidão de caráter, justiça e fidelidade aos nossos princípios. Podemos concluir que por melhor que seja a escola ou o professor, o caráter e a personalidade são moldados pelo “berço” dado pelas famílias e no decorrer da vida, os meios podem interferir, porém, o que de fato fica, são os exemplos, bons ou ruins, que recebemos de nossos pais “Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na prática social que tomamos parte.” (Paulo Freire)

Um comentário:

Beatriz disse...

É isso ai Nair!!! O caráter se forja na familia e a escola pode colaborar mas não se responsabilizar. No entanto, a exigência de caráter é condição para a profissão professor. Concordas?
Um abraço
Bea