quarta-feira, maio 20, 2009

Dilema do antropólogo francês




Creio que o antropólogo Claude Lee estava fazendo o papel de pesquisador, sendo assim como observador ele não deve e nem pode interferir, pois se deixasse prevalecer seu posicionamento pessoal, perderia a neutralidade necessária ao pesquisador para um resultado imparcial.
O antropólogo não está fazendo juízo de valores, concepção de mentira ou verdade tem haver com a cultura, com a crença, pois o que para muitos é extremamente verdadeiro, para outros povos, nada disso passa de uma ilusão, uma mentira.
Em nenhum momento a cultura do antropólogo vai contra a cultura local, mesmo ele sendo um elemento estranho a tal civilização, acabou não criando nenhum julgamento cultural sobre a mesma. Existem muitas culturas e seu papel ali não era julgar e sim respeitá-las, pois cada uma delas faz parte de uma história.
Não se pode considerar uma interferência à presença do antropólogo, se não estaríamos negando o direito da ciência de conhecer outras culturas, outras civilizações, para tanto ele se dispôs a não interferir de forma nenhuma na cultura daquele povo, ao responder que todos os brancos são deuses a sua intenção foi para que não houvesse interferência de nenhuma forma.
Vejo que os princípios morais do antropólogo Claude Lee determinaram que devesse ser conivente com o pensamento existente na ilha para que assim não interferisse na cultura existente lá.

Fonte de pesquisa: Fórum de Filosofia “O dilema do antropólogo francês”.

2 comentários:

Beatriz disse...

Nair querida, uma pergunta: Há possibilidade do cientista e do homem em geral ser neutro frente a uma situação? Existe neutralidade na vida?
Um abração
Bea

Beatriz disse...

Nossa!! Esqueci de te dizer que estou feliz e satisfeita com o nível de postagens do mês de amio. Que diferença!! Bom para ti e para todos nós que podemos aprender contigo. Obrigada
Bea