
Andei a meditar sobre a criação literária como matéria de memória e esquecimento e fui buscar em alguns escritores pistas para uma reflexão sobre a questão das relações entre literatura e memória.
O escritor José Saramago, diz que “todas as memórias são falsas”. A descrição de um sonho “transforma esse sonho em outra coisa. Às vezes, o sonho pode ser inefável, ou seja, não pode ser descrito. O que existe são memórias de memórias, vestígios de outras memórias, memória da memória primordial. Vivemos no meio de nossa memória, como um caleidoscópio, os pedacinhos são os mesmos, mas mudam”.