sábado, junho 19, 2010

Copa do Mundo em sala de aula!!!!!

                                                                 
Durante esta semana como era de interesse de todos realizamos atividades que envolviam a copa do mundo. Fiquei impressionada com o interesse e a curiosidade deles sobre o assunto, percebido o grande interesse que esta época de copa do mundo desperta nos meus alunos.
O bombardeio de informações e divulgação proporcionado pela televisão faz com que não se fale em outra coisa.
Essa tem sido uma boa oportunidade para junto aprendermos o que não está necessariamente no currículo de atividades. Trabalhamos com a internet que através do google Earth conhecemos mais os países que disputam esta copa, sua localização, idioma, moeda, cultura e suas diversidades entre elas, diferentes horários, costumes, sistemas políticos, línguas.
Eles já percebem que as informações vem através de jornais, revistas, rádio, televisão, internet e celular ( mídias e tecnologias) e que muito delas fazem parte de seu cotidiano.
Em nossas leituras e também na busca pela internet por fatos interessantes e inovadores descobrimos que a copa do mundo começou a ser disputada há oitenta anos e a partir do que eles foram descobrindo formamos  duplas e cada dupla mostrou onde foi realizada a copa e quem foi o campeão naquele ano e suas descobertas sobre a copa do mundo. O que mais interessou a eles no principio era saber sobre as conquistas do Brasil e o significado da palavra Penta (bem como tetra, tri, bi-campeão).
Foi uma semana com assuntos tão rico que foi desenvolvido e explorado dentro de sala de aula de diversas maneiras.
É um bom momento para explorar, discutir, observar, calcular, interpretar.
As atividades de pintura, recorte e colagem das bandeiras tornaram nossa aula mais dinâmica e interessante, pois, descobrimos além do símbolo de cada país como o significado das cores das bandeiras de alguns países.
Realizamos atividades envolvendo as operações de adição e subtração com ditado dos numerais, histórias matemáticas em relação ao placar dos jogos, quantos jogadores fazem parte de uma partida dos dois times de futebol, número de vezes que o Brasil foi campeão e quantos anos a copa do mundo já vem acontecendo.
Também senti o interesse deles através do desenvolvimento de uma atividade em que deveriam listar nomes de jogadores da seleção, os que não sabiam, ou não lembravam levaram a atividade para pesquisar com os familiares. Na costrução de cartazes eles puderam incluir até jogadores que goastariam de ver jogando na seleção do Brasil.
A maioria dos  alunos demonstraram interesse pelo futebol. Falam dos jogadores, do técnico e também do país sede da copa de 2010 a África do Sul. Nota-se que em casa eles convivem com pessoas que gostam muito de futebol.
Tanto os meninos quanto as meninas estavam bem motivados pois na aula formaram times masculinos contra times femininos e fizemos o jogo das perguntas sobre a copa. Penso que é importante esse tipo de exercício, pois através do jogo eles criam e respeitam as regras e isso contribui para a formação de suas personalidades.
“A última fase em que Piaget classifica os jogos, são os jogos com regras (a partir de 5 anos).
Aqui as crianças passam do individual e vão para o social, os jogos possuem regras básicas e necessitam de interação entre as crianças, são resultados deste tipo de jogo a aprendizagem de regras de comportamento, respeito às ideias e argumentos contraditórios e a construção de relacionamentos afetivos”. segundo Piaget (1978), as atividades lúdicas atingem um caráter educativo, tanto na formação psicomotora, como também na formação da personalidade das crianças. Assim, valores morais como honestidade, fidelidade, perseverança, hombridade, respeito ao social e aos outros são adquiridos."
Muito aprendi e estou aprendendo e hoje percebo o quanto é importante o professor colocar-se na condição de aluno, ou seja, aprender junto com este e ter a humildade para admitir que não somos donos do saber.
Constatei a importância da flexibilidade no planejamento das atividades, pois muitas vezes tive que redirecionar meu planejamento em função de alguns alunos se deterem mais tempo em uma ou outra atividade. Como meu planejamento é construido para níveis diferentes de aprendizagem, na semana passada não atingi meus objetivos pois, ficou evidente que  eram muitas atividades e por isso dei continidade nessa semana e foi maravilhoso o entrosamento e a participação de todos em suas realizações.

Novas maneiras de Ensinar e Aprender...


Durante meu estágio foram ocorrendo algumas mudanças em minha prática pedagógica, principalmente na forma de trabalhar através de projetos. Aprendi que utilizando essa metodologia tenho oportunidade de trabalhar a interdisciplinariedade através de técnicas inovadoras como: mídias e tecnologia, trabalhos em grupos, a leitura e interpretação de forma lúdica, o material concreto e de seu cotidiano buscando a construção da aprendizagem coletiva e cooperativa permitindo ao aluno vivenciar múltiplas relações, desenvolvendo a solidariedade e a autonomia, a ser agente ativo em suas aprendizagens produzindo algo com sentido e significado. Não que eu nunca havia trabalhado dessa forma antes, mas hoje já entendo a prática com outro sentido. Meus alunos estão mais atuantes sem aquela dependência diária pelas escolhas do professor.
É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática." (Pedagogia da Autonomia, pg. 44). Após o PEAD já tenho outra visão em desenvolver e construir minha prática diária, buscando sempre a melhor forma para fazer com que nossos alunos obtenham sucesso no processo ensino e aprendizagem. Em minhas reflexões, muitas das citações de Paulo Freire aparecem, pois meu trabalho visa o respeito pelo aluno, sua vivencia, valorizando seus conhecimentos prévios e assim estabelecendo caminhos a serem trilhados com muito amor, alegria, esperança, definindo os saberes a serem explorados, respeitando suas individualidades.
Como Freire,... a escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares chegam a elas - saberes socialmente construídos na prática comunitária.? É com este pensamento que conduzo a minha prática em sala de aula, fazendo com que meus alunos sejam capazes de transformar o contexto no qual estão inseridos..

sábado, junho 12, 2010

Arquitetura Pedagógica


Com a arquitetura pedagógica na construção de meu planejamento posso observar um trabalho com mais estruturas de aprendizagens onde o saber se constrói na vivência de experiências, onde o sujeito age, interage e reflete acerca dos fatos. As arquiteturas vem norteando, mostrando diferentes direções para eu realizar algo e a possibilidade de escolher novos caminhos que vamos percorrer. É a “Pedagogia da Incerteza”, onde o conhecimento não está assentado nas certezas, e sim na dúvida, da necessidade de busca por novas alternativas, da troca. se o conhecimento pode ser compreendido, conforme Piaget (1985a) como um processo de criação de novidades, de descobertas e invenções, uma educação para a incerteza deverá apoiar a atitude investigativa, permitindo que os sujeitos realizem experimentações, simulações em busca de soluções para questões significativas do ponto de vista do sujeito. E assim está sendo o planejamento e o desenvolvimentos de minhas aulas a partir da necessidade das crianças, a arquitetura pedagógica vem sendo desenvolvida na sala de aula, com meus alunos. Como já havia citado anteriormente procuro transformar o meu ambiente de trabalho que através da ludicidade vem enriquecendo e propiciando possibilidades de aprendizagem com mídias e tecnologias as quais já fazem parte do cotidiano de meus alunos.

Minhas Aprendizagens!!!!!


Hoje venho relatar sobre a teoria que norteia minha prática em sala de aula. Com o passar dessas 9 semanas já me sinto mais segura quando vou planejar e desenvolver minhas atividades semanais. Quanto a isso posso afirmar que meu grande aprendizado está focado e constatado na ligação da teoria com a prática, acredito que a teoria e a prática fazem uma teia se completando permanentemente uma a outra.
Para a prática atingir os meus objetivos e estratégias traçados, busco na teoria uma forma clara e didática na qual encontro subsídios para analisar as dificuldades e facilidades de compreensão no ensino aprendizagem de meus alunos sem ser dona do saber.  A teoria é utilizada para ser mediada, para ao encontrar a prática, ser refutada ou comprovada e a partir daí, auxiliar em tomadas de decisões a respeito de uma prática que venha mais ao encontro dos desejos de quem pratica.

domingo, junho 06, 2010

PLANEJAMENTO SEMANAL.....

Estou passando por momentos de muitos desgaste, mas momentos muito valioso, a hora de planejar.E Como disse minha tutora Tanara, não existe uma aula sem antes um belo planejamento para esse dia.

Hoje vejo o ato de planejar como um exercício de amor, de doação e de busca pela excelência.
É preciso compreender que o planejamento não é algo passivo e não precisa ser entediante e desgastante.
Todos os dias desejo fazer uma sala de aula diferente, querendo que meus alunos sintam-se em harmonia com o grande grupo, querendo sempre oferecer o que há de melhor. E para isso, é necessário planejar.
Não precisamos mais daqueles formulários e relatórios intermináveis, Precisamos, sim, de investigação, pesquisa e diálogo, muito diálogo. Devemos buscar uma harmonia entre si, respeitando as diferenças de tal maneira que um enriqueça o outro, com sua bagagem e suas idéias.
O registro se dá de maneira a não dispensar o essencial a qualquer plano organizado, com tema, objetivos, metas e ações bem estabelecidos. Mas faço com que o meu planejamento seja o espelho e reflexo da realidade dos meus alunos, das necessidades sucitadas no dia a dia, do fazer pedagógico e com o uso da técnologia meus alunos se sentem mais motivados e estimulados, tornando os conteúdos mais agradáveis com vistas a facilitar a compreenção em seu aprendizado.
É preciso desejar, e ter uma visão clara daquilo que se deseja planejar, fazer, avaliar e refazer quantas vezes for necessário.

terça-feira, junho 01, 2010

Respeitando uns aos outros para termos boas e novas amizades.

                                  Ser amigo não é só elogiar,
                                  É repreender também se for preciso.
                                  É não ter vergonha de chorar
                                  E no momento de indecisão ser o teu juízo!

Nosso trabalho venho ressaltar o quão somos importantes para os nossos amigos e como conquistamos nossas amizades. Os alunos relataram nomes de amigos, brincadeiras que mais gostavam e como era o relacionamento deles com seus amigos. Todos participaram de forma natural, falando até dos apelidos e se gostavam de serem chamados por apelidos. A grande maioria da turma afirmou que sim, que tinham apelidos e gostavam de serem chamados, pois achavam uma forma carinhosa de se tratarem. Também falei de amigos que fiz na minha infância, amizades que conquistei ao longo dos anos e de meu apelido que também adoro ser chamada por ele. Quando fui falar o nome de uma amiga, todos falaram antes, pois sabem o carinho que tenho por uma colega de trabalho. Perguntei então o que eles viam em nosso relacionamento e eles foram respondendo: Vocês tomam café juntas, Tu dá carona no teu carro pra ela, trocam presentes, faz cartaz pra ela e estão sempre juntas. Falei então do respeito às diferenças, humildade em pedir desculpas, direitos e deveres e relacionamento afetivo que eles conquistam durante toda a vida que se chama amizade. Fiz a hora da história diferente das outras que já havia feito com mural de gravuras, varal com exposição da história, cartazes desenhados pelas crianças das histórias e dessa vez trouxe o avental com os personagens para ilustrar durante a contação.

Distribui as ilustrações entre os alunos para que durante a leitura fossem colando no avental. A história mais uma vez é de Ruth Rocha “O dono da bola” lembrei que além de trabalhar as diferenças, amizade, relacionamento, respeito também estamos no ano de Copa do Mundo e é um assunto que eles adoram e conhecem muito bem. Enquanto contava a história perguntas e afirmações iam surgindo: “mais que menino egoísta”,” desse jeito ele não vai brincar com ninguém, “ será que ele não sabe dividir”, “ o que adianta ter brinquedos e não ter com quem brincar”, “ quem será que colocou esse apelido nele” e fomos conversando, trocando ideias então percebi a maturidade que eles tem em saber o quanto devemos respeitar para sermos respeitados.

O prazer da leitura em sala de aula.

Idéias todo mundo tem. Como é que entram na cabeça da gente? Entram porque a gente lê, observa, conversa, vê espetáculos.  Ruth Rocha

Mais uma vez trabalhamos com o livro da autora Ruth Rocha, dessa vez foi “Romeu e Julieta”. Meus alunos adoraram a forma em que a história foi apresentada, pois cada um participava através de uma ilustração que contava uma parte da história e em todos os momentos interagiam posicionando-se frente aos fatos acorridos na mesma. A história mostra que podemos conviver com nossas diferenças respeitando a todos sem discriminação e preconceitos. Foi então que meu aluno Douglas questionou uma de minhas alunas que é gêmea de sua irmã perguntando: É bom ter uma irmã gêmea? Marina e Rafaela se olharam e Marina que é mais comunicativa falou? – Não, às vezes não. E eu então continuei a questionar: - Não é bom ter irmãos então ou é porque são gêmeas? E elas relataram que sim mais que elas não precisam ser iguais em tudo e sempre um impasse acontece quando vão se vestir brincar com amigos entre outras coisas e por isso elas se vêem presas uma a outra. Nossa aula foi bastante produtiva, pois além de conversas, questionamentos com a turma sobre a amizade o respeito e que não devemos esquecer que somos iguais em nossos direitos e deveres como cidadãos. Para Piaget , educar moralmente não trata-se de meramente implantar valores e conceitos na criança e sim ajudá-las a compreender os mesmos. Desta forma a criança irá compreender o sentido das regras e leis necessárias para a vida em sociedade, e terá autonomia para decidir que rumo tomar.
Construímos junto um mural sobre a história e ali mostrava a força de trabalharmos num coletivo de forma harmoniosa e com muito respeito pela produção do grande grupo.
Para essa aula levei 2 noot book e trabalhando em duplas foi bem legal, um auxiliando o outro e trocando conhecimento e assim descobrindo novas ferramentas da tecnologia. Foi bem interessante e eles adoraram desenhar no Paint, sempre perguntando se continuariam na próxima aula seus trabalhos com o computador.
Gostei muito de trabalhar com computador em sala de aula, pois enquanto realizam o trabalho em duplas fica mais fácil de auxiliar no comando para escrever em letra maiúscula, dar espaçamento, acentuação, correção de palavras, a autocorreção, salvamento de arquivos, etc. São coisas básicas, mas que a grande maioria da turma ainda tem dificuldade, por nunca ter tido acesso à um computador. Um notebook na sala de aula então, foi incrível para eles.Para Piaget um dos principais objetivos da educação é a busca constante da construção da autonomia. Logo, as experiências escolares deveriam ser estruturadas na colaboração, cooperação e intercâmbio de pontos de vista, na caminhada conjunta para o conhecimento. Ele caracterizava "Autonomia como a capacidade de coordenação de diferentes perspectivas.

As crianças são pequenos pesquisadores que experimentam e buscam respostas para as muitas perguntas que fazem sobre este mundo ainda tão cheio de mistérios. Constroem e reconstroem teses sobre o funcionamento dele, da natureza e da vida. Sentem-se livres e entusiasmadas para questionar, argumentar e experimentar todas as coisas que estão a sua volta.
Alguns nunca tinham sequer visto um de perto. Bom seria se pudéssemos ter a disponibilidade de estarmos no laboratório de informática mais vezes e não somente uma hora na semana. Mais fazer o que? Continuarei levando para aula, quando assim for possível pois, eles adoram novidades. Levei também a máquina fotográfica e cada um deles foi fotografando seus trabalhos e seus colegas.Hoje já percebo a forma diferenciada na leitura oral das redações produzidas por meus alunos como forma avaliativa pois o envovimento e a espectativa em saber se estão lendo e escrevendo de forma coerente, se estão transmitindo o que desejavam e ao mesmo tempo ver seus trabalhos avaliados e apreciado por todos.
Foi uma semana também de visita e uma visita muito especial meu Supervisor. Não posso negar que estava ansiosa até sua chegada mais quando isso aconteceu me senti a vontade e bem segura ao contrario do que imaginava. Senti-me muito a vontade e espero ter passado somente coisas boas com minha atuação em sala de aula.