sexta-feira, dezembro 14, 2007

O LÚDICO, A MÚSICA E O TEATRO EM NOSSAS AULAS...


Usei a música como um instrumento pedagógico por que ela também faz parte de nosso recreio escolar.

Realizei um debate em sala de aula, envolvendo temas e ritmos musicais para saber o que as crianças ouviam e gostavam de dançar. Ouvir, perceber e discriminar fontes sonoras e produções musicais.

Envolver ludicamente a criança no mundo musical, favorecendo a imitação, invenção e reprodução de criações musicais.

“Interdisciplinei” o tema, pesquisando obras de compositores e sua influência na cultura.Construi um novo olhar sobre a música popular brasileira, a partir da conscientização, análise crítica e expressão, favorecendo o sentir, o fazer e o refletir. Pude perceber que todos eles tem preferências, e estilos semelhantes, pois falaram muito em músicas que tocam no rádio diariamente, que são sucessos no momento e principalmente o fank que liderou no grande grupo, com o estilo da dança e tudo mais.

Trabalhei com uma coletânea de músicas essencialmente pedagógica, para através desta inter relacionar as disciplinas, contemplando assim todos os conteúdos de meu planejamento previsto para o trimestre.

Iniciei com a educação física que por si só, já proporciona momentos lúdicos através de inúmeras brincadeiras prazerosas. Os alunos em relação a recreação, já se mostram mais tranqüilos e observadores na hora de iniciar as brincadeiras. A correria e as brigas diminuíram bastante.Tem ainda aqueles que querem liderarem sempre, mas já sabem esperar a sua vez. O jogo caçador é o número um e não pode faltar.

É notório o crescimento e a maturidade deles no trabalho feito no pátio. Iniciei a inter relação desta disciplina com o teatro e a música para o desenvolvimento da expressão corporal, da dramatização, onde os alunos abusaram da criatividade, dos movimentos, usando gestos e brincando com a imaginação de forma descontraída. Levei um cd com várias músicas dançantes, eles foram criando coreografias e também imitavam os cantores. Se mostraram bem ecléticos e a timidez desapareceu é claro que alguns só ficaram assistindo e aplaudindo o espetáculo proporcionado pelos colegas. Foi uma aula onde pude perceber o introsamento e gostos diferentes por músicas e cantores da atualidade.

domingo, dezembro 09, 2007

MÚSICA COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO...

Através da mensagem da música trabalhei a sensibilidade das crianças, despertando os sentimentos pela preservação da natureza e contribuição pela sua existência.

Observei que naquele instante todos queriam falar das formas diferentes de preservação da natureza e o por que em ajudar o nosso planeta.

A partir da fala deles notei que já se preocupavam e já também faziam parte nessa luta.

A coreografia foi montada de forma em que os alunos usassem os movimentos de pernas, braços, mãos e corpo em geral com movimentos variados: saltitando, batendo palmas, dançando em circulo e gesticulando de acordo com a música ouvida.

As crianças foram maquiadas imitando as pinturas dos índios.
Penas, tintas têmperas, pincel, batom, lápis e colares de sucatas.
Dentre várias músicas da MPB que ouvimos a que eles mais gostaram foi BRINCAR DE ÍNDIO dos compositores Michael Sullivan e Paulo Massadas,
cantada e dançada pela XUXA.Como foi a primeira vez em que eles fizeram tal trabalho notei muita graciosidade em seus getos, principalmente naqueles que eram tímidos e tiveram um envolvimento sem discriminação entre meninos e meninas, coisa que até o momento não se via.
Meus alunos se envolveram de tal forma que não queriam parar de dançar e muito menos tirarem a maquiagem e figurino, pois, para eles era um dia especial, um dia diferente daqueles de caderno, lápis e borracha.


Através desta música trabalhamos o resgate da história dos índios, sua cultura, seus hábitos e sua vida.
Com a música e sua coreografia foi desenvolvida a coordenação dos movimentos amplos do corpo, marcando passos através da melodia, postura, lateralidade, freio inibitório, atenção, concentração, desenvolvimento da memoria, sensibilidade e sociabilidade.

sábado, dezembro 08, 2007

A importância do brincar na sala de aula...

Todo lugar é lugar de brincar, e toda hora é hora de brincar, se o ato de brincar é entendido como uma forma de afirmar e renovar a vida, pois a brincadeira é tanto condição para que a vida aconteça, quanto meio para que se expresse, seja compreendida e transformada.

Os espaços destinados a crianças devem ser desafiadores e acolhedores, de forma que estimulem as iniciativas infantis.
Espaço este onde a criança desenvolva sua criatividade podendo movimentar-se com liberdade, criando, imaginando, construindo e brincando.
Assim, a sala de aula será um espaço agradável, revelador das atividades que as crianças protagonizam. Favorecendo assim, interações entre eles, já que o contato físico é essencial à construção de vínculos afetivos.
Deste modo, minha prática educativa deve ser pautada na brincadeira como forma de interação social, o que promove a criatividade, a imaginação e a aprendizagem.
Ao brincar, as crianças tomam decisões, desenvolvem suas imaginações, constrói relações, elaboram regras de organização, convivência e interagem uma com outras.
Vejo que o ato de brincar é uma atividade voluntária, consciente e criadora, que traz vantagens sociais, cognitivas e afetivas para as crianças. Com isso, é muito importante que o professor garanta tempo e espaço para que a brincadeira aconteça na sala de aula.
Nessa prática educativa, as hipóteses, os desejos, as necessidades e as fantasias das crianças são ouvidas e ganham significados.
Sinto-me uma figura fundamental neste processo, dando-lhes suporte, desafiando-os, criando espaços para vivências e brincadeiras, permitindo com que estas se desenvolvam social, afetiva, cultural, histórica e criativamente.

domingo, dezembro 02, 2007

AVALIANDO MEU TRABALHO DE TEATRO EM SALA DE AULA.


Analisando as experiências das crianças com o drama, identifiquei que é próprio do jogo dramático, à possibilidade da criança de ser ao mesmo tempo uma e múltiplas, porque na sua espontaneidade ela permite-se novas experiências de sentir e agir no mundo, mesmo sendo um mundo imaginário, mas que faz com que os alunos experimentem as diferenças que formam os seres.

Ao realizar as atividades percebi que de modo geral consegui alcançar os objetivos que havia planejado, pois os alunos abusaram da criatividade, dos movimentos, da expressividade e da expressão corporal, ousando seus gestos e brincando com a imaginação.
Acredito também que consegui romper com essa concepção de que teatro é só as dramatizações de contos e histórias, provando assim através dos jogos dramáticos realizados, que o teatro engloba também desde os mais simples movimentos que realizamos no nosso dia-a-dia como caminhar até os mais complexos, como a encenação de uma peça teatral, que podem ir muitos além da excussão de um personagem, criando um lindo espetáculo feito só de gestos.
Porém, isso é o que realmente não acontece nas escolas, pois conforme fala o texto “formas de abordagem dramática na educação”, de Ana Carolina Müller Fuchs, o jogo dramático foi e ainda é muito utilizado no contexto escolar para o ensino das mais variadas disciplinas.
Assim eu como educadora costumamos utilizar deste para trabalhar os conteúdos curriculares de história, português, ciências, dentre outras disciplinas, além de usa-lo também como apenas uma forma de fazer educação física, descontrair e relaxar meus alunos.